A primeira etapa do refino do petróleo,
que envolve quatro fases, produz através da destilação
por pressão atmosférica, além dos combustíveis,
a matéria-prima básica para toda a cadeia de
produção
das resinas plásticas: a nafta. O nafta, é um produto
incolor extraído do petróleo e matéria-prima
básica
para a produção de plástico. A Petrobrás é a
fornecedora exclusiva de nafta no Brasil, atendendo à demanda
com a produção
de suas refinarias e com importações. Segundo
a Agência
Nacional do Petróleo (ANP), o país produziu,
de janeiro a setembro de 2002, 42,5 milhões de barris
do produto e importou outros 12,6 milhões. A Petrobrás
fornece a nafta para três
centrais de matérias-primas da indústria petroquímica:
a Petroquímica União, de São Paulo, a
Copesul, do Rio Grande do Sul, e a Braskem (antiga Copene),
da Bahia. Essas
centrais decompõem a nafta, produzindo para a segunda
geração
das indústrias do setor os petroquímicos básicos,
como eteno, propeno, benzeno e tolueno, e os petroquímicos
intermediários,
como o cicloexano e o sulfato de amônia.
Os polímeros produzidos pelas indústrias petroquímicas
formam diferentes tipos de resinas plásticas, cada qual voltada
para uma finalidade específica. As resinas produzidas pela
Politeno, por exemplo, são usadas pelas indústrias
de brinquedos, adesivos, caixas d'água, lonas, frascos de
soro, tampas para alimentos, embalagens para sorvetes, tampas para
refrigerantes, frascos para água sanitária, alvejantes
e desinfetantes, filmes para fraldas descartáveis e coletores
de lixo, entre outros.
Alguns produtos feitos com resina plástica
As principais matérias primas fornecidas pelas petroquímicas
para as indústrias transformadoras de plástico são
o polipropileno (PP), o policloreto de vinila (PVC), o polietileno
de alta densidade (PEAD), o polietileno de baixa densidade (PEBD)
e o polietileno tereftalado (PET). Um dos destaques do setor de transformação é a
Sinimplast, uma das maiores indústrias de embalagens plásticas
do país. Em agosto deste ano, o presidente da empresa, que
faturou R$ 160 milhões em 2001, recebeu menção
honrosa como empreendedor de sucesso, durante o IV Seminário
do Setor Plástico do Grande ABC, promovido pela Associação
Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).
A Sinimplast
tem um portfolio de clientes bastante conhecidos pelo consumidor
de produtos de higiene e limpeza e de alimentos em geral. A empresa
transforma as resinas plásticas em embalagens para produtos
como o amaciante Confort e o detergente Minerva, da Unilever, o ÁlcoolGel,
da Copersucar, o Ajax e o Pinho Sol, da
Colgate-Palmolive, os shampoos
Colorama, da L'Oréal, Palmolive, da Colgate-Palmolive, e Vital
Ervas, da Unilever, os desodorantes Axe, Rexona, Impulse e Vinólia,
da Unilever, o Toddy, da Quaker, a maionese Cica, da Unilever, e
o adoçante Zero Cal e o Biotônico, da DM-Indústria
Farmacêutica.
Dentro da indústria do plástico, um dos principais
mercados é o de embalagens de polietileno tereftalado (PET).
No Brasil, esse segmento chega a crescer cerca de 10% a cada ano,
e produziu aproximadamente 360 mil toneladas de embalagens em 2001.
No ano passado, as indústrias de refrigerantes representaram
80% do mercado de embalagens PET; as de água mineral, 10%;
as de óleo, 6%; e 4% tiveram outras aplicações.
As empresas do setor buscam investir em alta tecnologia para tentar
incluir no segmento das embalagens PET as cervejarias, que chegam
a vender cerca de 8 bilhões de litros de bebida por ano. Mas
os cervejeiros avisam: só entrarão nesse mercado quando
a embalagem PET garantir a validade de até 180 dias da bebida
em prateleira, a exemplo das embalagens de vidro e de alumínio.
Melhor
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